Durante décadas, a educação evoluiu rapidamente, acompanhando as transformações da sociedade e a popularização da tecnologia. Hoje, cada aluno tem uma maneira particular de aprender, e cada professor uma maneira de ensinar. Nesse novo cenário, as salas de aulas deixaram para trás as carteiras enfileiradas, os quadros negros e os cadernos, dando lugar aos projetores, tablets e computadores sobre as mesas.
Estamos vivendo a educação do futuro, que, embora pareça algo distante, já está entre nós. A Inteligência Artificial (IA) ocupa um papel de destaque entre os estudantes, sendo utilizada para personalizar os estudos, fornecer feedback e avaliar o progresso de aprendizagem. Funções que antes eram exclusivas dos professores.
E o melhor? Planejar aulas e conteúdos se tornou mais fácil e acessível, independentemente do formato: presencial, à distância ou corporativo. Com a tecnologia, o acesso a materiais como e-books, vídeos e podcasts durante as aulas ampliou consideravelmente.
Benefícios práticos
As IAs simulam habilidades humanas, como raciocínio e aprendizado, por meio de algoritmos que processam dados e geram respostas com base nos temas solicitados. Para os professores, ela auxilia na elaboração de aulas, correção de provas e na gestão em sala de aula, permitindo que se concentrem em atividades mais estratégicas.
Criar tarefas interativas e desafiadoras tornou-se mais prático, uma forma eficaz de aumentar o engajamento dos alunos. Essas ferramentas também fomentam debates em classe, promovendo o desenvolvimento cognitivo. As possibilidades são diversas: realidade virtual e aumentada, gamificação, chatbots e assistentes virtuais, todos voltados para enriquecer a experiência educacional.
Imagine que você precise estudar fora dos horários das aulas. Antes, conseguir informações e tirar dúvidas seria difícil. Mas, com a ajuda da IA, os tutores virtuais – ideais para o ensino online – ajudam a explicar conceitos complexos e auxiliam nas tarefas em qualquer hora. Ferramentas como o Khanmigo, tutor virtual da Khan Academy, estão sendo testadas nas aulas para auxiliar os alunos durante as atividades e apoiar os professores na personalização do ensino. De fato, os sistemas de estudo evoluíram, agora é possível analisar o desempenho dos alunos em tempo real, identificando tanto os pontos fortes quanto as áreas que exigem mais atenção.
No ambiente de educação empresarial, a IA também ganhou espaço. Plataformas como o Coursera Para Empresas usam a tecnologia para lançar trilhas de aprendizado personalizadas, baseadas nas metas da organização e nas competências individuais dos colaboradores. Com a análise dos dados, é possível identificar lacunas de conhecimento, sugerir cursos específicos, além de prever o impacto que os treinamentos terão no desempenho das equipes.
Desafios éticos
Com o acesso às plataformas como o ChatGPT, Gemini e Llama, muitos alunos se tornaram mais dependentes dos assistentes virtuais, menos curiosos e menos propensos a buscar informações em fontes tradicionais, como o Google Acadêmico. Eles preferem perguntar diretamente aos modelos de IA e receber respostas prontas e instantâneas, principalmente se for no momento em que estão redigindo trabalhos.
Isso pode gerar problemas relacionados ao plágio e à confiabilidade das fontes. Como as IAs se baseiam em conteúdos publicados, muitos estudantes confiam de olhos fechados nas respostas e não conferem sua veracidade. Isso gera desconfiança por parte dos professores, pois a produção do conhecimento pelos alunos enfraquece, comprometendo a evolução de ideias e dificultando o real progresso por parte deles.
Como promover o uso ético da tecnologia?
Para reduzir os efeitos negativos da IA na educação, algumas instituições adotam práticas que dificultam o uso indevido das ferramentas, como a realização de mais trabalhos manuais e a proibição do uso de celulares em sala de aula. Quando as tarefas são feitas de forma virtual, os professores utilizam softwares que detectam a autoria com base em padrões de escrita. Embora não sejam totalmente confiáveis, já aconteceram casos de textos de 2012 serem falsamente acusados de terem sido gerados por IA.
É essencial incentivar os alunos a escreverem com as próprias palavras, sempre citando as fontes oficiais. Esse tipo de orientação promove a ética e a autonomia intelectual. Em casa, os pais também são capazes de colaborar, ensinando os filhos a utilizarem os assistentes virtuais conscientemente. O uso não deve ser proibido, mas desenvolvido para criar habilidades críticas de pensamento e aprendizado.
As tecnologias devem ser integradas ao cotidiano educacional, pois esse setor também precisa acompanhar as mudanças que ocorrem na sociedade. Escolas, faculdades, empresas e professores devem trabalhar juntos para encontrar estratégias responsáveis de inserir a IA no processo de ensino. Além disso, é fundamental que as instituições incentivem o pensamento crítico e a busca ativa por conhecimento. Em geral, a inteligência artificial contribui para a criação de um ambiente mais adaptável, eficiente e conectado com as necessidades do presente e futuro. Gostou do conteúdo? Continue acompanhando o blog da Faros Educacional para se aprofundar nas tendências educacionais.